quarta-feira, 12 de junho de 2013

"Consideramos justa toda forma de amor!". Sobre famílias adotivas...



Andei pensando em adoção.
Nunca me havia ocorrido,nunca tinha refletido sobre o tema, mas ultimamente tem acontecido.
Não tenho irmãos adotivos, e apenas um caso de adoção na família(veladíssimo), mas isso vem me despertando o interesse .
Falamos tanto em parto, em formas de nascer, em gestação, mas...quando nasce o amor de uma família adotiva?
Quando nasce a maternidade para aquelas mulheres que não podem ter filhos biológicos? Quando nasce essa mãe?
E para a criança...quando nasce o laço, o vínculo, o afeto parental?
Esse laço é maior, menor, diferente de um laço biológico?
Será?
Dia desses li um depoimento de uma mãe adotiva.
Ela dizia que começou a amar seu filho muitos anos antes de conhecê-lo. Dizia ainda que começou a amar seu filho adotivo no exato dia em que soube que esse seria seu jeito de maternar. Que esperou por essa criança, não nove meses com ela na barriga, mas 6 anos, na fila de espera da lista de adoção. Que quando ela nasceu como mãe, e quando seu filho passou a ser oficialmente seu, ela queria o que todas as mães do mundo querem ao ter seus rebentos nos braços: apenas ir pra casa com sua cria.
Quem, diante dessas palavras, pode dizer que esse amor é menor por que essa criança não saiu do ventre dessa mãe? 
Quem tem a ousadia de dizer que esse amor vale menos por que essa criança não vai ter o nariz parecido com o do pai ou os olhos da mãe?
Eu não.
Hoje em dia, como tudo, as famílias evoluíram.
Os casamentos não são mais arranjados, são por amor (em todas as suas cores).
Por que motivo então a chegada dos filhos não seria baseada em amor? Amor livre, minha gente...livre de preconceitos, de rótulos, de classe...amor. Só amor.
Fico feliz e aliviada quando vejo que o mundo hoje aceita isso, entendendo que cada um tem sua história, cada um constrói seus vínculos, cada um faz suas escolhas...e quando um casal tem dentro de si um amor que transborda, o caminho natural é que esse amor se materialize em um filho...nesse caso um filho que também carrega no peito esse mesmo amor latente, esperando alguém para recebê-lo.
Apenas algo a se pensar...






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado.