segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ah, meninas!


   Hoje a tardinha, um rápido intervalo que tive enquanto as crianças lanchavam, li um artigo bem interessante sobre como conversar com meninas.
   Em um primeiro momento, pensei que fosse mais um desses discursos sexistas e machistas desses que vemos por ai, mas quando parei para ler, me surpreendi.
   O texto falava de como, mesmo sem perceber, tendemos para a futilidade e para a exacerbação estética quando conversamos com meninas. Naturalmente, acabamos reforçando a ideia besta de que mulheres só tem valor quando forem bonitas(leia aqui beleza externa, considerando que muitas pessoas ficam lindíssimas quando abrem a boca).
   Já viu como a primeira coisa que a gente fala quando conhece uma menininha é:" Que linda você é?"
   E dai ?
   E daí que assim a gente passa mensagem para essa menininha de que se ela não for linda, ela não tem valor...
   Isso é forte, minha gente.
   É forte porque quando essa menininha entrar na adolescência, e se encher de espinhas no rosto, e ver seus peitos crescendo desgovernadamente( até que ela se acostume com eles), ela vai achar que o mundo acabou, que ela não vale nada e que não se encaixa.
   Começará então uma saga interminável (que muitas de nós ainda não puseram fim) em busca de uma beleza de capa de revista e esquecendo do que lindamente carregam em seus valores, princípios e até naquela pintinha em cima do lábio(que vamos combinar, não faz de você uma baranga).
   Então ao lerem o artigo, pensem em como podemos fazer o bem ao tratarmos de valorizar o que nossas menininhas carregam dentro de suas cabecinhas. 
   Isso sim tem valor.




Sobre escolinhas e babás...

   Você fez xixi no palitinho, esperou as listinhas aparecerem e bem, elas apareceram. Você está grávida.Parabéns!
   Depois de longos meses esperando os chutinhos chegarem, rezando para eles pararem, fazendo compras, preparando quartinho, fazendo chá de fraldas, acumulando toneladas de fraldas em cima do guarda-roupas, enfim o momento mais esperado da sua vida chegou. Seu filho vai nascer. 
   Papai nervoso vai até a prateleira atrás da porta, pega a mala da maternidade (que está pronta desde os 4 meses de gestação, pq mãe de primeira viagem é assim mesmo), chama o taxi e corre para o hospital.
   Nasceu o bebê! Lindo, maravilhoso, amor da mamãe...
   Os meses de licença maternidade voam. É chegada a hora de voçê retomar a sua vida profissional.
   A ideia de separar-se de seu bebê por mais tempo do que você leva para tomar banho é quase uma tortura, eu sei. Mas a vida real bate na porta e não tem jeito, você precisa voltar ao trabalho.
  Penso que o ideal é que se tome uma decisão antes desse momento, para que a ansiedade não consuma com suas noites de sono (que a essas alturas já são mais raras que palito premiado de picolé).
   Quando minha menina(meu primeiro amor) nasceu, eu vivia em uma situação nada fácil.
   Morava em uma cidade distante 250km dos meus pais,não tinha empregada e precisava voltar ao trabalho, ainda que em meio turno. 
   Fiz entrevistas com mais ou menos meio milhão de babás(cansatiiivoooo). Todas me pareceram queridas, atenciosas e doces, simplesmente pq é essa a impressão que uma babá quer passar em uma entrevista de emprego.
Cogitei seriamente a ideia de contratar umas duas ou três delas, mas chegava na hora, não tinha coragem.
   A verdade é que no fundo eu esperava que, até o dia de voltar ao trabalho, uma luz ia se abrir no universo e eu ganharia na loteria, logo nada disso seria necessário.
   Isso não aconteceu, e eu acabei optando por colocar minha filhota em um berçário de uma escola bem bacana, a qual minha filha frequenta até hoje.Pensei que seria bem mais difícil minha filha sofrer maus tratos (sim, essas coisas acontecem mesmo, não é só na novela)em um lugar onde circulariam muitas pessoas do que sozinha com uma babá em um apartamento.
   O começo foi doloroso para nós duas, chorei por várias manhãs(sim, seria apenas meio turno, mas me parecia uma eternidade), mas minha filha adaptou-se e as coisas logo se ajeitaram.
   Quando Valentina tinha 3 anos, engravidei novamente do José. Nunca na vida pensei que minha família iria aumentar tão repentinamente. Quando isso aconteceu, já tinha maior clareza sobre esse tema.
   Fiquei em casa  com ele por um ano, quando achei que era chegada a hora de permitir que ele convivesse com outras crianças(meio turno também). José então foi para a escola da mana. Já caminhava e comia de tudo...e eu(ah, eu!), estava explodindo de gravida do Benício, que em pouco tempo nasceria.
Já estava bem segura da escolha da escolinha e não da babá, pelos motivos já expostos e também porque pude ver com meus próprios olhos a quantidade de estímulos que minha filha recebeu, e por óbvio, o quanto isso colaborou com seu desenvolvimento.
   Benício nasceu ha quatro meses, e apesar de querer eles todos sempre embaixo das minhas asas, penso que quando tiver mais ou menos um ano, um ano e pouco, também irá para a escolinha.
Ou não.
   Tá, é meu caçula, talvez demore mais...rsrsrs.